ROMANOS 9- UM ESTUDO DA SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO DOS PECADORES


*ROMANOS 9- UM ESTUDO DA SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO DOS PECADORES*.
Rev. João França.
 *EXPOSIÇÃO*:
Após o apóstolo Paulo discorrer sobre a segurança dos crentes [ Romanos 8.31-39], agora ele procura mostrar como se dá a salvação dos pecadores e da condenação de outros pecadores; alguns estudiosos sugerem que o apóstolo aqui cessa com sua abordagem doutrinária. Mas, isto se revela um grande engano. As seções doutrinárias se estendem  até o capitulo 11.
*I - PAULO E SEUS PATRÍCIOS (v.1-5)*:
|| Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência: 2 tenho grande tristeza e incessante dor no coração; 3 porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne.  4 São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; 5 deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!||
O apóstolo no início deste capítulo  Paulo revela grande interesse pelo seus compatriotas. Alguns sugerem que Paulo esta fazendo um juramento. Entretanto, ao usar expressão grega: "Ἀλήθειαν λέγω ἐν Χριστῷ" aponta para sua União com Cristo. Ele assevera que esta relação com Cristo é verdadeira, ele enfatiza esta verdade ao usar  a frase negativa "não minto". É no viver na esfera do Espirito que ele consegue testemunhar dessa relação mística com Cristo. (V.1) No verso 2 - o apóstolo revela SUA tristeza no coração, pois, se pudesse deixaria sua União com Cristo para com isso salvar alguns dos seus! (V.3)
Nos versos 4-5 o apóstolo oferece as razões porque dissera o que disse no verso anterior. Ele encara a pergunta: Por que você está falando assim a respeito de seus Patrícios? Paulo não titubeia em declarar que a revelação divina a este povo foi singular, ele o faz através das instituições veterotestamentárias:
O Culto
A lei
As Alianças
Promessas ( V.4). Paulo relembra a Igreja em Roma que os patriarcas [Abrão, Isaque e Jacó] bem como o Redentor da Igreja. Vieram desse povo! Paulo lamenta porque eles não abriram os olhos e, se mantiveram na incredulidade.
*II - HOUVE FALHA NAS PROMESSAS DE DEUS?[V.6-13]*
|| 6 E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas;  7 nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. 8 Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa. 9 Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho.10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama),12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.||

O apóstolo agora procura estabelecer o fato de que as promessas divinas quanto ao seu povo não falhou! Como assim?
Α - não é por nascer na nação recomenda-os a Deus: O orgulho do Judeu era ser judeu acreditavam que poderiam ser aceitos por Deus por simplesmente serem da nação (V. 6)
Β - A prioridade da Promessa (v. 7-9): Paulo argumenta só são contados como filhos os que são da promessa e para isso Paulo usa o exemplo de Isaque se contra pondo à Ismael. O apóstolo recorre ao AT em Genesis 21.12.
*III - A PRIORIDADE DA ELEIÇÃO DA GRAÇA[V. 10-13]*.
10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama),12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.||

Ele agora recorre novamente ao Antigo Testamento para ilustrar que a escolha e a promessa divina não depende de participação humana. Consideremos o verso 11. O que vemos aqui?
1. A escolha não se deu por boas ações "não tinham praticado o bem ou o mal".
2. A reprovação também não teve por base más ações.
3. A soberania da escolha é de Deus
Agora precisamos considerar o verso 13. Alguns tem sugerido que a palavra ódio é muito pesada que na verdade significa "Amar menos". O termo grego "ἐμίσησα" significado é detestar. Odiar. O verbo amar no grego é ἠγάπησα aponta para um amor relacional, afetivo de conhecimento pessoal.
*IV - HÁ INJUSTIÇA?[V.14-18]*
|| 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. 17 Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.||
Paulo vislumbrou a objeção afirmando:
A. DEUS NÃO FAZ INJUSTIÇA (V. 14)
B. DEUS SALVA QUEM QUER (V. 15)
C. NÃO HÁ LIVRE-ÁRBITRO.(V.16-18).


*V - DEUS É SOBERANO*
19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? 20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra? 22 Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, 23 a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, 24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? 25 Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada;26 e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo. 27 Mas, relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.28 Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra, cabalmente e em breve; 29 como Isaías já disse: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra. 30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé; 31 e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. 32 Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço, 33 como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido.

Paulo se antecipa. A um argumento se Deus salva quem quer quem pode resistir à sua vontade?
Paulo lembra que todo gênero humano está debaixo da soberania de Deus e que ele como oleiro faz uns para sua glória na salvação e outros para a condenação, nos quais também é glorificado. Paulo revela que Deus chama os gentios com base em sua soberania, e termina apresentando que os Gentios conseguiram a redenção por causa da soberania. É a responsabilidade da nação é apresentada nos versos 30-33.

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